Concomitâncias. Coincidências da nossa louca, esquizofrênica
nada mole vida. A vida é muito breve para a gente se agastar agarrada em
miudeza, moça bonita. Vida breve. Vida por acaso imensa. E uma doidice só,
pelamô, camarada. A madame sabe que somente hoje me dei conta desse fato no
mínimo curioso: os três médicos cuidadores da enferma que vos redige as mal
traçadas, os três, repara na relevância dessa fofoca!!, os três atendem pela
graça de ‘Luís’. Com ‘z’ ou com ‘s’? Escreve com bic, bela. Até porque foi sua pessoa quem pariu o inocente, batize
o moleque como lhe der na telha, bolas. Luís
Antônio, Luís Waldir, Luiz Octávio. Achei bacana perceber, né
não? Lux, luz, quero luz e infinitas
cortinas... Luís, respeita Januário... Não me interessa um tico posar de
moderna. Estou tão velha, mas tão confortavelmente velha pendulando na minha rocking chair de palhinha puída, rarará,
que até me lembrando de rock, o infeliz do rock é das antigas... Tem uma
musiquinha, nem me pergunte qual é o cantor, escuto no rádio do carro, um verso
aqui, ali, outro acolá, junto os cacos, de repente, pimba!, é a fisgada: o tolo teme a noite, como a noite vai temer
o fogo. A claridade aniquila a escuridão. A escuridão dizima a claridade. O
tolo teme as suscetibilidades, teme porque enxerga mal e os gatos quedam-se
pardos. O tolo treme porque desconhece. Tem esse pedaço, também: eu voltei mais puro do céu. Sensacional.
A menina pretende ver mais liso, menos empenado? A menina trepe num poste. Do
poste, salte para a árvere. Dela para
a asa do aeroplano. Daí, segure a vertigem, olhe bem para baixo. Espie o todo
todinho. Depois, empine a coruja a mil no anarriê para o solo da pátria.
Retorne menos contaminada. Menos agressiva. A vontade era rabiscar uma
historinha supimpa aproveitando essa efervescência eleitoral, tome tempo que
meus textos não rendem um caldo, uma desavença - sorvete de chuchu - perdi a
mão, o tempero, culpa da doença, Cróvis, craro. Aquela cantiga: sei que às vezes uso palavras repetidas, mas
quais as palavras que nunca são ditas? Nenhuma da Silva. Isso de internet é
um empata-foda, um estraga-prazer. Pronto, falei. O mote acode, o raciocínio
buliçoso, instigante, irreverente, rarará, a mente brilhante da mepançuda, ui, vai engendrando considerações
inteligentes, adequadas, interessantes, divertidas, férteis, na linha sou muito criativa, brou, rarará...
Quando a criatura se achando dá fé, quarenta e sete blogueiros lhe passaram a
perna: barquinhos siameses a deslizar no macio azul do mar das redes. Aaaaafe. Que
pressa! Seu bote esquálido encolhe, míngua, tadinho, naufraga na hora, maior
sem coração essa galera genial, antenadona, articuladérrima (diferentemente da
gaga hipotensa ;)), hiperativa, acelerada, gente sem pão, sem poesia, sem noção
de fraternidade, cara.
Compreendo inteiramente o sentido de votar nulo, sério.
Anteontem, a minha pessoa pretendia fazer o mesmo. Já conversei bastante a
respeito desse governo atravessado na minha goela, fui PT de corpo e de espírito de igualdade, igualdade sem subterfúgios, igualdade de Jesus Cristo, o Socialista do meu destino. Fui
PT mais ou menos engajada, fui PT ressabiada, fui PT enraivecida, com o arado,
entretanto, ainda amarrado à estrela, atualmente, parece que estamos mesmo nos
divorciando. Qualquer trabalhador deveria sentir orgulho da origem de um partido
nascido nessa conjuntura de fortalecimento do movimento popular, fruto partido
da ascensão das lutas operárias, Fernando Henrique e Lula panfletando juntos, que
nascer bonito, visse? Complicada foi a virada ao centro... e a guinada à direita,
camarada. Pelos seus filhinhos... Na avaliação política mais rasteira de que se
tem notícia, bicho, longe léguas de entender do assunto, sendo só essa pobre
alma sem Hanseníase, bastam-me as patologias de praxe, trazendo, portanto, a
sensibilidade humana de doer à flor da pele, como éééééééé que um partido dos
trabalhadores pode tratar essa energia, esse rompante social: as recentes manifestações de rua – não é o camarote, é a
pipoca, pessoas identificadas e identificando-se com a pipoca!! – é a voz do
povo, cara pálida, é manifestação de rua... Como éééééééé que o partido dos
trabalhadores trata um professor em greve clamando pelo justo, assim, bebê,
desse jeitinho manso, mimoso e conciliador? Tufo. Como é que o partido dos
trabalhadores ou o que restou dele, sei lá, abraça tapinha nas costas um Maluf?
Um Sarney? Um Fernando Collor de Melo? Prevaricação explícita. Alianças tão inescrupulosas quanto as
celestes pflistas de outrora e as azulzinhas psdbistas de sempre, I’m
sorry. Pelo meu bem é que não é, camarada. Visualizo uma cord(j)a de
guaiamum gigante, o gancho das patolas descomunais agitando-se, soltando veneno e beijinhos doces. Melhor
uma solidão de lascar o cano. Ou se amigar com belzebu, o capiroto. Nas ondas petistas, a bonança dos ricos continua, multiplica-se, feito preá dando cria.
Os banqueiros e os milionários seguem rindo à toa. E é para reeleger Dilma,
cara pálida? Perfeitamente. Pelos acertos, que os há, acertos passíveis de regulagem,
de ajustes, concordo, acertos passíveis, sobretudo, de reconhecimento. Ajudo a
reeleger Dilma para arregaçar as manguinhas segunda-feira. Ajuda, Luciana. Porque
o cavaleiro solitário, vocês viram o debate, o criador das vogais travestiu-se
de cavaleiro solitário. Pois bem, o gingado da cadeira de balanço range uma toada caduca: o cavaleiro solitário, o paladino do sudeste,
o sem partido espúrio e sem passado que o condene, é mais vilão que todos os
malfeitores da auriverde Gotham City irmanados, nesse surreal expediente. Ensinamento. Acorda.
O mais absurdo é ver esse povo doente colando adesivo de Aécio em tudo quanto é quanto. Falando em adesivo, a linha 328 tem um do Pezão colado na catraca. Levando em consideração as ligações do partido dele com as empresas de ônibus, eu achei bastante apropriado.
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