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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A corda

Concomitâncias. Coincidências da nossa louca, esquizofrênica nada mole vida. A vida é muito breve para a gente se agastar agarrada em miudeza, moça bonita. Vida breve. Vida por acaso imensa. E uma doidice só, pelamô, camarada. A madame sabe que somente hoje me dei conta desse fato no mínimo curioso: os três médicos cuidadores da enferma que vos redige as mal traçadas, os três, repara na relevância dessa fofoca!!, os três atendem pela graça de ‘Luís’. Com ‘z’ ou com ‘s’? Escreve com bic, bela. Até porque foi sua pessoa quem pariu o inocente, batize o moleque como lhe der na telha, bolas. Luís Antônio, Luís Waldir, Luiz Octávio. Achei bacana perceber, né não? Lux, luz, quero luz e infinitas cortinas... Luís, respeita Januário... Não me interessa um tico posar de moderna. Estou tão velha, mas tão confortavelmente velha pendulando na minha rocking chair de palhinha puída, rarará, que até me lembrando de rock, o infeliz do rock é das antigas... Tem uma musiquinha, nem me pergunte qual é o cantor, escuto no rádio do carro, um verso aqui, ali, outro acolá, junto os cacos, de repente, pimba!, é a fisgada: o tolo teme a noite, como a noite vai temer o fogo. A claridade aniquila a escuridão. A escuridão dizima a claridade. O tolo teme as suscetibilidades, teme porque enxerga mal e os gatos quedam-se pardos. O tolo treme porque desconhece. Tem esse pedaço, também: eu voltei mais puro do céu. Sensacional. A menina pretende ver mais liso, menos empenado? A menina trepe num poste. Do poste, salte para a árvere. Dela para a asa do aeroplano. Daí, segure a vertigem, olhe bem para baixo. Espie o todo todinho. Depois, empine a coruja a mil no anarriê para o solo da pátria. Retorne menos contaminada. Menos agressiva. A vontade era rabiscar uma historinha supimpa aproveitando essa efervescência eleitoral, tome tempo que meus textos não rendem um caldo, uma desavença - sorvete de chuchu - perdi a mão, o tempero, culpa da doença, Cróvis, craro. Aquela cantiga: sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais as palavras que nunca são ditas? Nenhuma da Silva. Isso de internet é um empata-foda, um estraga-prazer. Pronto, falei. O mote acode, o raciocínio buliçoso, instigante, irreverente, rarará, a mente brilhante da mepançuda, ui, vai engendrando considerações inteligentes, adequadas, interessantes, divertidas, férteis, na linha sou muito criativa, brou, rarará... Quando a criatura se achando dá fé, quarenta e sete blogueiros lhe passaram a perna: barquinhos siameses a deslizar no macio azul do mar das redes. Aaaaafe. Que pressa! Seu bote esquálido encolhe, míngua, tadinho, naufraga na hora, maior sem coração essa galera genial, antenadona, articuladérrima (diferentemente da gaga hipotensa ;)), hiperativa, acelerada, gente sem pão, sem poesia, sem noção de fraternidade, cara.
Compreendo inteiramente o sentido de votar nulo, sério. Anteontem, a minha pessoa pretendia fazer o mesmo. Já conversei bastante a respeito desse governo atravessado na minha goela, fui PT de corpo e de espírito de igualdade, igualdade sem subterfúgios, igualdade de Jesus Cristo, o Socialista do meu destino. Fui PT mais ou menos engajada, fui PT ressabiada, fui PT enraivecida, com o arado, entretanto, ainda amarrado à estrela, atualmente, parece que estamos mesmo nos divorciando. Qualquer trabalhador deveria sentir orgulho da origem de um partido nascido nessa conjuntura de fortalecimento do movimento popular, fruto partido da ascensão das lutas operárias, Fernando Henrique e Lula panfletando juntos, que nascer bonito, visse? Complicada foi a virada ao centro... e a guinada à direita, camarada. Pelos seus filhinhos... Na avaliação política mais rasteira de que se tem notícia, bicho, longe léguas de entender do assunto, sendo só essa pobre alma sem Hanseníase, bastam-me as patologias de praxe, trazendo, portanto, a sensibilidade humana de doer à flor da pele, como éééééééé que um partido dos trabalhadores pode tratar essa energia, esse rompante social: as recentes manifestações de rua – não é o camarote, é a pipoca, pessoas identificadas e identificando-se com a pipoca!! – é a voz do povo, cara pálida, é manifestação de rua... Como éééééééé que o partido dos trabalhadores trata um professor em greve clamando pelo justo, assim, bebê, desse jeitinho manso, mimoso e conciliador? Tufo. Como é que o partido dos trabalhadores ou o que restou dele, sei lá, abraça tapinha nas costas um Maluf? Um Sarney? Um Fernando Collor de Melo? Prevaricação explícita. Alianças tão inescrupulosas quanto as celestes pflistas de outrora e as azulzinhas psdbistas de sempre, I’m sorry. Pelo meu bem é que não é, camarada. Visualizo uma cord(j)a de guaiamum gigante, o gancho das patolas descomunais agitando-se, soltando veneno e beijinhos doces. Melhor uma solidão de lascar o cano. Ou se amigar com belzebu, o capiroto. Nas ondas petistas, a bonança dos ricos continua, multiplica-se, feito preá dando cria. Os banqueiros e os milionários seguem rindo à toa. E é para reeleger Dilma, cara pálida? Perfeitamente. Pelos acertos, que os há, acertos passíveis de regulagem, de ajustes, concordo, acertos passíveis, sobretudo, de reconhecimento. Ajudo a reeleger Dilma para arregaçar as manguinhas segunda-feira. Ajuda, Luciana. Porque o cavaleiro solitário, vocês viram o debate, o criador das vogais travestiu-se de cavaleiro solitário. Pois bem, o gingado da cadeira de balanço range uma toada caduca: o cavaleiro solitário, o paladino do sudeste, o sem partido espúrio e sem passado que o condene, é mais vilão que todos os malfeitores da auriverde Gotham City irmanados, nesse surreal expediente. Ensinamento. Acorda.  

Um comentário:

  1. O mais absurdo é ver esse povo doente colando adesivo de Aécio em tudo quanto é quanto. Falando em adesivo, a linha 328 tem um do Pezão colado na catraca. Levando em consideração as ligações do partido dele com as empresas de ônibus, eu achei bastante apropriado.

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