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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Intermezzo

Careço de coordenação motora fina para preservar o papel do presente. Carente de nascença, dilacero o laço e o embrulho, despetalo a flor da folha cintilante, vivo ávida de madureza e de infância. Os dedos buliçosos, lambuzados de chocolate meio amargo, imprimem, na copa da prenda, o dossiê -  as expressões digitais da murcha  guria temporã, tatuadas na polpa do fruto de vez. Jovens mãos velhas e artríticas apalpam gomos de esperança - a sólida semente - de novo. Pausa para a menina fazer anos-luz, acumulando rugas e janeiros.

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