Meus alunos exigem que eu desenhe a história, tantas
vezes figurinha repetida, agora na caverna do blog. Iracema dos lábios de mel - o
mito - a professora que eu esperava ser, a oraculosa que mora na Filosofia e não tá prosa, rá rá rá, tem
essa maluquice também, de repente, quer saber como foi tudinho, tim-tim por
tim-tim, arregala o olhão assim, a senhora jura que ela desconhece o enredo, a
desparafusada já escutou tanto que
decorou, fica me lembrando de detalhes que esqueci, minha senhora, é o
seguinte, cobriu é circo, cercou é
hospício, entenda bem, a máxima serve direitinho para definir aquela
valorosa escola, cada um de seus adoráveis e abomináveis frequentadores, inclusive. Uma história de amor, minha senhora, o sujeito vive
ou conta, li outro dia e concordo, desde criancinha. Love is in the air faz três anos, nesse programa de rádio, escorre
aos litros o amor pelas escadas, relaxo na certeza, portanto, de que o relato
estará anos-luz aquém das grandiloquentes expectativas, não importando o quão
desesperadamente eu tente, inutilmente, impressionar a distinta audiência. Amo demais os meus alunos, faço tudo que eles pedem,
seu desejo é uma ordem, ainda mais nessa segunda-feira sem sol e sem razão, particularmente
comovente e comovida. Se os maiores cronistas do Brasil fatiam o bolo, por que
não eu, a mais miúda, de todas, de longe, a mais insignificante?
Em julho de 2007, participei de um congresso em São
Paulo, muito mais para bater perna sob a garoa, rá rá rá, do que para me atualizar
acerca de qualquer coisa na minha área de atuação, eu gosto muito de estudar
pouco, disso até meu diretor já sabe. Hospedaram-me duas sobrinhas, Luciana e
Ana Paula, ambas morando por lá, uma em Perdizes, outra na Vila Mariana, dez
dias de acomodação gratuita e muita farra, maravilha das maravilhas. Surpreendeu-me
demais, fiquei abismada de carteirinha, com a coragem de mamar na onça, quando tomei conhecimento do tal par perfeito, fiz um escândalo ao
descobrir que as duas loucas de pedra tinham cadastro nesse site de relacionamento,
uma confusão dos diabos, sou essa pessoa cismada com a própria sombra, ameacei
abrir o bico para minha irmã, a mãe delas, foi engraçadíssimo, minha irmã já
estava careca de saber, claríssimo, sempre fui esse despertador enguiçado,
disparando atrasado, rá rá rá, sei lá como aconteceu, me recordo mesmo foi do
momento em que as meninas (a cachaça ainda mata um corno desse!) decidiram
criar, no par perfeito, um perfil
para a minha humilde pessoa. Latinha de loura na
mão, para não perder o costume, entrei de sola na brincadeira, afirmando,
categoricamente, jamais, em tempo algum, acessar aquela porcaria recheada de
cafajeste e de psicopata, as duas, na maior gandaia, digitando todas as
leseiras embriagadas que eu dizia: busco
um homem de caráter, honesto, decente, trabalhador, sincero, sobretudo bem
humorado, um homem de riso fácil, com habilidade para fazer do limão, uma
saborosa limonada. Frase de apresentação: só não se perca ao entrar no meu infinito particular, docinho! Início
de partida na arena dos sonhos. Sexta-feira
tem mais. Aguardemos.
rronaldo disze: Te amo
ResponderExcluirTe amo.
ExcluirQue bom lembrar desses dias, tia, foram super dez,
ResponderExcluirVou acompanhando as próximas crônicas, é muito bom lembrar pelo teu olhar, rss
vou avisar a Paula,
um beijo,
amo vcs,
Lu
ah, o que te fez entrar nesse assunto da crônica???
ResponderExcluircuriosinha.. rs
bj, Lu
Vamos logo pra segunda parte!! Estou curiosíssimo.
ResponderExcluirEsperando a segunda parte ansiosa.Com a sensibilidade a flor da pele,disposta a chorar mais.kkkk
ResponderExcluirHaste makes waste. Slow down some, kkkkkkkkkkkkk, que o santo é de barro, bebês!!!
ResponderExcluirLiiiiiiiiiiiinda!
ResponderExcluirAcho que vou entrar nesse site! Kkkkkkkkkk
Bj
Manu
Kkkkkkkkkkk entra sim, manuca!!
ResponderExcluirbeijo, Lu
Querida Adriana estou lendo suas crônicas e devo dizer que não vejo a hora de ler a segunda parte
ResponderExcluirBem-vinda, querida! Que bom que você veio!
ExcluirEssa história eu já ouvi contada,agora escrita é bem melhor!!! Bj
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